De repente vem uma vontade de me encher de tudo que me faz bem, mas não sei direito, acho que me atrapalho em meu tentar. Parece que vivo com presa, com o sangue da ansiedade batendo forte pelas veias do querer. Às vezes me atrapalho nessa tensão toda e me embolo na bola da frustração de coisas por fazer. Mas não me dou por vencido, me desdobro, me desenrolo de hábitos desarrumados e sigo caminhando até retomar o pique da ''corrida''.
E vou brincando de driblar o tempo pra me caber todo, pra vingar minhas correrias e meus ''lazeres'', pra desenvolver virtudes e desfazer garras de vício nessa inquietude, pra não sobrar falta ao chegar da noite. Porque existem muitos anseios dentro de mim, e preciso beber um pouco deles pra sobreviver ao dia-a-dia.
E a vontade de triunfo deles me espanta e me atordoa nessa mudança de tempo, como uma estrela esperando ser admirada para mostrar o tanto que pode brilhar, bom, tento brilhar pelo menos pra mim mesmo.
À vista disso, preencho-me de música, conhecimento, poesia e sentimento.. atividade física e companhias afetivas.Colho todos esses e outros frutos de prazeres pra saciar o corpo e a mente. E sigo assim me dobrando pro meu querer caber no relógio dos dias.